Trabalhadores metalúrgicos estão hoje em greve ou nas ruas por aumentos

12-06-2011 12:32

 

A Fiequimetal prevê que vários milhares de trabalhadores participem hoje nas greves e concentrações que estão previstas para os sectores das indústrias metalúrgicas, elétricas, química e mineira, em defesa de aumentos salariais, emprego e direitos.

"Esta jornada de luta setorial vai envolver vários milhares de trabalhadores, que vão fazer greve de 24 horas ou parcial, ou vão participar nas ações de rua que vão decorrer em várias cidades em defesa de aumentos salariais que reponham o poder de compra", disse à agência Lusa o coordenador da Fiequimetal, João da Silva.

O direito à contratação coletiva e o emprego são as outras reivindicações que estão na base da acção de luta convergente convocada pela federação sindical da CGTP.

No âmbito desta iniciativa vai realizar-se em Lisboa uma concentração de representantes dos trabalhadores da EDP e REN e no Porto uma concentração de trabalhadores de empresas da metalurgia e metalomecânica.

Para Braga está marcada uma concentração dos trabalhadores da Bosch, Delphi e Fehst, que contará com a presença do secretário-geral da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva.

"Em muitas empresas os trabalhadores decidiram adotar a paralisação como forma de luta, de 24 horas ou apenas de algumas horas", explicou João da Silva.

A Renault CACIA, a Impormol, a Robert Bosch, a Hydro Pombal, Dura, Euroresinas, Metalsines, Motometer, Vestion, Tudor, Sapa, Renault Chelas, Renault Telheiras, Haworth Portugal, ABB Stotz, Efacec, Mercedes, Beralt Tin & Wolfram (minas da Panasqueira), Somincor (minas de Neves-Corvo) são algumas das empresas em greve.

"Os trabalhadores vão exigir uma mudança de comportamento do patronato e do Governo", disse o sindicalista.

A Fiequimetal espera do patronato do setor vontade para negociar aumentos salariais que reponham o poder de compra perdido pelos trabalhadores nos últimos anos e do Governo que incremente o setor produtivo.

 

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